quarta-feira, 12 de junho de 2013

Jane Birkin & Serge Gainsbourg - Je T’aime Moi Non Plus (1969) - ジェーン・バーキン [COMPACT SINGLE]









SINGLE SUPREMO PARA O DIA DOS NAMORADOS





Je t’aime moi non plus - A  canção que marcou o mundo

Os gostos musicais são muito subjetivos já que muito influem neles a nossa idade, personalidade, experiências vividas e um sem fim de variáveis. Pessoalmente sou fanático da música dos anos oitenta mas sou aberto a outros gêneros musicais, tanto é que considero que a canção mais romântica e sensual de todas as épocas é Je t’aime… moi non plus, que foi escrita na década de sessenta pelo mítico e incorrigível Serge Gainsbourg, que a dedicou à sua amante de turno que naquela época era a belíssima Brigitte Bardot.


Briggitte Bardot e Serge Gainsbourg
Serge Gainsbourg era filho de um imigrante russo que ganhava a vida a tocar piano em bares e cabarés. Desde muito jovem demonstrou verdadeiro talento com as telas e pincéis e, tal como a maioria dos parisienses da sua geração, considerava-se um artista frustrado.
Depois de fracassar como pintor, viu-se obrigado a trabalhar como pianista em clubes de segunda categoria, de gays e de striptease, já que tinha de sobreviver de alguma forma. É num desses antros que Serge conhece o escritor Boris Vian, que – encantado com o seu carácter e amena conversa - o incentiva a escrever as suas próprias canções.

 
Serge Gainsbourg             Jane Birkin
Converteu-se então num boémio compositor francês, daqueles que viveu o Maio de 68. Era um tipo rebelde, inimigo da aristocracia, da Igreja e do estado. O protótipo do homem nocturno, mulherengo e descomplicado, todo um mito da sua geração, que do mesmo modo, teve uma morte prematura devido aos excessos com o álcool, o que o tornou numa lenda e no mais invejado dos homens do seu tempo, já que sem ser um Adonis, no seu curriculum constava ter seduzido uma das mulheres mais desejadas da época, a espampanante Brigitte Bardot, a quem fez cantar a sua bela e naquele tempo escandalosa canção, que não era mais que a representação de um encontro sexual entre dois amantes.
O tema é muito conhecido pela repetição da frase: “Je vais et je viens, entre tes reins” (Vou e venho, entre os teus quadris), tudo isto entre sugestivos sussurros e orgasmos até chegar ao clímax.

Je t’aime… moi non plus

Esta foi a sua canção mais famosa escrita em 1967 para a sua namorada de então, Brigitte Bardot. Quando foi gravada ela mesma interpretou a voz feminina, mas quando a canção começou a passar promocionalmente em França - e já se tinham separado - a diva voltou atrás e pediu-lhe o favor de não colocar mais discos à venda, que em nome desse amor que um dia tiveram retirasse o disco do mercado porque agora estava prestes a casar com um empresário e tinha medo de prejudicar a sua imagem. Serge não levantou problemas e voltou a gravar em 1968 com a bela Jane Birkin, a quem acabou por seduzir nos estúdios de gravação e se tornou no seu novo par.

 


A canção converteu-se num sucesso indiscutível em toda a Europa apesar de ter sido censurada e proibida em vários países, especialmente porque o jornal oficial do Vaticano, L’Osservatore, a qualificou de obscena. Foi proibida de passar nas rádios em Itália, Suécia, Espanha e Reino Unido, mas isso contribuiu para que fosse o vinil mais requisitado nessa época aos contrabandistas e, era óbvio, todos queriam ter em sua casa a que começaram a chamar de “a canção mais bela do mundo”. Curiosamente, mesmo com toda a censura, o disco chegou a ser n.1 nas listas da Grã-Bretanha.O grande Serge, sempre polêmico, também foi ameaçado de morte, na década de setenta, por por um grupo de radicais franceses porque cometera o “sacrilégio” de gravar A Marselhesa em versão reggae, numa das viagens que fez à Jamaica. O seu dia-a-dia, como ele mesmo assegurava, era uma festa contínua de álcool, cigarros Gitanes e mulheres. Com essa vida, não era de estranhar que morresse de paragem cardíaca. Imaginem vocês uma qualquer beleza francesa da época como Isabelle Adjani, Catherine Deneuve ou a então novíssima Vanessa Paradis. Todas elas sucumbiram aos seus encantos e estiveram dispostas a obedecer às ordens deste homem que conquistou quem quis a partir do seu 1,60 m de estatura e a sua “cara de destruído, mas bem destruído: pelos excessos e pela vida”, como ele mesmo se catalogava.


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